Amesterdão, centro da economia europeia e mundial no século XVII
Como a Holanda se revelava a principal potência europeia, uma das suas cidades tornou-se o centro da economia da Europa e do Mundo. Essa cidade foi Amesterdão, que se tornou na maior praça de mercadorias e entreposto comercial do continente europeu. A administração dos assuntos da cidade era feita quase inteiramente por burgueses, que tomaram medidas para garantir o monopólio dos principais produtos coloniais, facilitar o transporte de mercadorias e modernizar as práticas comerciais. O dinamismo do comércio na região favoreceu o surgimento das primeiras instituições financeiras (bancos) e das sociedades por acções, que iriam originar as bolsas de valores. Para a exploração do comércio colonial, a Holanda criou a Companhia das Índias Orientais e a Companhia das Índias Ocidentais.
Os interesses holandeses nos territórios ultramarinos prendiam-se essencialmente com aspectos comerciais. A sua política colonial baseava-se na exploração comercial das riquezas existentes e no transporte de mercadorias. Conseguiram obter o monopólio dos produtos que eram anteriormente comercializados por Portugal e outros países.
Proteccionismo e reforço das economias nacionais face ao dinamismo holandês
Perante esta soberania holandesa, os restantes países resolveram adoptar a politica holandesa, ou seja, o mercantilismo. Esta prática económica centra-se na ideia de obter uma balança comercial favorável. Os governos adoptaram medidas proteccionistas para aumentar as exportações e diminuir as importações, sobretudo de manufacturas e produtos de luxo. A teoria mercantilista defendia que a riqueza de um país se centrava na sua riqueza em termos de metais preciosos.
Inglaterra e França adoptaram rapidamente estas mesmas medidas, apostando num desenvolvimento das manufacturas e da agricultura e no fortalecimento do seu comércio externo, conseguindo eliminar assim a concorrência dos Holandeses. Particularmente em França, estava em vigor uma política de absolutismo, permitindo um reinado de opulência do “rei Sol” Luís XIV.
A hegemonia económica britânica
No século XVII, deu-se em Inglaterra um acentuado crescimento demográfico provocado pela quebra da taxa de mortalidade e o aumento da taxa de natalidade. Estas alterações deveram-se:
à À melhoria das condições higiénicas e sanitárias;
à Às melhorias na alimentação da população em geral, com recurso à carne, aos cereais e à batata, provocadas pelo desenvolvimento agrícola e industrial;
à A grandes progressos na área da medicina;
Perante estes dados, podemos concluir que o desenvolvimento económico e as evoluções demográficas estão intimamente ligados.
Com este aumento da população, verificou-se um crescimento das cidades e consequentemente, o surgimento de preocupações urbanísticas. Apesar de, em termos absolutos, não ter uma população tão numerosa como a de outros países europeus, Inglaterra tinha o maior rendimento per capita e uma riqueza mais bem distribuída.
Os Ingleses investiram também no comércio colonial, que era constituído essencialmente por trocas realizadas pela rota triangular (Europa, África, Américas, Europa). Ao desenvolver o seu comércio internacional e aumentar o seu mercado, Inglaterra criou condições para o arranque da Revolução Industrial.
Essa revolução não teria sido possível sem a Revolução Agrícola, que introduziu medidas como o sistema quadrienal de rotação de culturas, o aumento das áreas cultivadas, o emparcelamento de terras e vedação das mesmas – enclosures, selecção de sementes, aumento da criação de gado e a mecanização da agricultura.
A Revolução Agrícola permitiu uma libertação de mão-de-obra dos campos para as cidades, a acumulação de capitais disponíveis para investimentos, o fornecimento de matérias-primas e uma estimulação da indústria metalúrgica devido à crescente necessidade de ferro.
A Revolução Industrial consistiu:
à Em estimular a aquisição de matérias-primas nos territórios coloniais para embaratecer os produtos e desenvolver o comércio externo (mercantilismo);
à Na divisão social do trabalho, ou seja, na especialização dos trabalhadores numa tarefa em particular, o que deu origem à produção em massa;
à Em gerar uma acumulação de capitais, disponíveis para reinvestir;
à Na criação de bancos para organizar e regular os mercados;
à Na especialização económica das cidades.
O crescimento demográfico, juntamente com o incremento urbano, deu origem a um forte mercado interno. Deu-se: a criação de lojas e mercados abertos todos os dias, em vez do comércio sazonal, a abolição das alfândegas, e o aumento da importância das colónias.
A Inglaterra ocupou colónias espanholas e negocia com Portugal para obter produtos coloniais em troca das suas manufacturas. Portugal não desenvolveu a sua industria nem a sua agricultura, acabando por ter sofrido uma paralisação do seu comércio.
Com a melhoria das condições de vida da população, a mortalidade infantil diminuiu significativamente, e passou a haver uma maior valorização social da criança.
Bem dito, bem dito.
ResponderEliminarAqui, as enumeração estão aparecer com um "à", em vez duma bolinha.